quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O acaso ou o nada, são uma causa ainda não especificada!




Autor: Roberto das Neves



Eu acho muito hilário quando algum cientista vem a público para afirmar que a Filosofia está morta, como no caso do hawking, ou, que a filosofia não serve para nada, como no caso do falecido faynman.

Tadinhos deles. Esquecem-se de que, por exemplo, Descartes, através de deduções filosóficas, desenvolveu matematicamente os conceitos sobre geometria analítica e os planos cartesianos.

Esquecem-se que a maioria dos conceitos matemáticos, surgiram através de indagações filosóficas. É o caso dos indianos Varahamihira e Brahmagupta, que, através da filosofia Hinduísta, desenvolveram o símbolo e posteriormente, o conceito do numeral  Zero, um numeral fundamental para o desenvolvimento da matemática, sem eles, até hoje, estaríamos contando pedrinhas.

Foi graças à Fermat, um matemático amador, que, com base na filosofia, que norteou sua criatividade e intuição, desenvolveu os conceitos de cálculos para a Geometria analítica, necessário para que hoje, possamos lançar naves ao espaço.

E muitos outros cientistas e pesquisadores que realmente contribuiram com algo de valor para a humanidade, como: Galileu Galilei, Descartes, Poincaré, etc., etc., sempre usaram a intuição filosófica, para chegar às suas conclusões.



Foi através da intuição Filosófica que os gregos desenvolveram muitos de seus conceitos matemáticos, intuíram o conceito do átomo, e muitos outros conceitos usados até hoje.

Além disso, os detratores da Filosofia, não têm a mínima consciência que, para defender suas teses e ideias, usam justamente, a argumentação filosófica, para fundamentar suas afirmações.

Para criar e explicar as suas equações, lançam mão da filosofia, e sempre a usarão.

A usarão para criar fórmulas e equações, pois, as fórmulas e equações, sempre serão baseadas em ideias.

Ideias nascidas através do processo filosófico, para tentar entender, compreender e explicar as leis da natureza.

Ninguém cria uma equação do nada. Antes, raciocinam, pensam, sobre qual seria a melhor solução para uma questão a ser respondida. 

Para pensar, usam o raciocínio lógico e a razão. Só que, muitas vezes, de forma errada, pois, não entendem muito bem, quais os fundamentos filosóficos que norteiam o que é e como funciona o raciocínio lógico e a razão, porque nunca se interessaram em entender o que realmente é a Filosofia.

Por não entenderem, não compreendem que uma pergunta esteja, ou possa estar formulada de forma errada, e a resposta, apesar de matematicamente viável, esteja também, errada.

Por exemplo, ao não encontrarem a causa de um evento, raciocinam erroneamente que tal evento não possua causa, sendo assim, o acaso é escolhido para explicar o fenômeno.

Não lhes passa pela mente, que podem não ter encontrado uma causa, porque seus instrumentos para medir um experimento, sejam ainda extremamente rudimentares, pois, eles acreditam piamente que seus instrumentos são o ápice tecnológico, sem realmente serem.

Se esses equipamentos ainda não conseguem detectar uma causa, eles supõem erroneamente, que o resultado do experimento, aponta para uma não causa.

E com isso, não se dão conta que o acaso, é na verdade, uma causa ainda não especificada.

E por não ser especificada, qualquer resposta, por mais errada que esteja, pode ser usada matematicamente para explicar um fenômeno.

Ao usar o acaso ou o nada como referencial de causa, podemos apontar direções erradas para a análise do resultado de um experimento.

Afirmar que um evento acontece ao acaso, ou emerge do nada, é assinar o seu próprio atestado de ignorância sobre a causa.

Afirmar que algo acontece ao acaso, ou emerge do nada, significa que quem afirma, não encontrou uma resposta, e tenta varrer para baixo do tapete de forma infantil, a necessidade de procurar a causa.

E essa atitude é que tem norteado a ciência hoje em dia. Os cientistas vêm se tornando preguiçosos mentais, ao não dar a devida importância para a busca pelas causas.

Um verdadeiro cientista, jamais pode invocar o acaso, ou o nada, para justificar o resultado de algum evento.

Um verdadeiro cientista percebe que: Invocar o acaso ou o nada, é na verdade, invocar uma causa indefinida, e que, sendo indefinida, não explica nada, e muito menos, pode servir de sustentação para apoiar a análise do resultado de uma observação, uma equação, ou um experimento.

Um verdadeiro cientista, dirá: “Eu ainda não sei, mas vou continuar procurando a resposta correta para explicar o que causa o evento”.

E devemos sempre nos precaver daqueles que, ao não encontrar uma causa, inventa uma, baseados em fórmulas e equações matemáticas.

Um bom exemplo, é o tal karl marx, que tentou validar sua hipótese sobre a “mais valia”, através de uma equação matemática, cuja premissa, provou-se ser falsa...

Finalizando, o acaso não existe, o que afirmamos ser o acaso, ou o nada, é na verdade, uma causa ainda não especificada, ainda não encontrada, ou mal interpretada, ou mal definida, ou ainda, um conjunto de causas encadeadas que geram um efeito, e nesse sentido, não existe também, a coincidência, a indeterminação ou o conceito místico da sincronicidade.

Os cientistas teóricos precisam aprender além da matemática, a Filosofia, para desenvolver e cultivar muito mais a lógica, a razão e a interpretação mais apurada sobre os resultados de uma observação e sobre os resultados dos experimentos, e para isso, precisam desenvolver mais, os conceitos filosóficos e continuar a aprimorar mais ainda, nossos equipamentos de medição e desenvolver novas ideias para experimentos, para que, a ciência não continue descambando para o lado do puro misticismo quântico.


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